O indesculpável comportamento (gratuito) do BE
Pela primeira vez, vivi o 25 de abril fora do país.
Com comunicações limitadas, não pude, no Dia da Liberdade,
assistir de perto e acompanhar as celebrações de uma das datas mais importantes
deste país.
Foi por isso com espanto que fiquei a saber da vergonha que
foram os actos que alguns dirigentes e simpatizantes do Bloco de Esquerda
andaram por cá a espalhar, nomeadamente, no desfile da Avenida da Liberdade, em
Lisboa, pedindo a morte do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Além de ser despropositada a referência ao
político brasileiro, tendo em conta que este em nada tem que ver com as
celebrações de Abril, o que me deixou mais chocada, foi ver cânticos a pedir a
morte de alguém.
Numa data tão importante para a democracia portuguesa, está
mais uma vez à vista de todos, que o extremismo não é apenas de extrema direita
e que, à esquerda, quando se revela, mostra-nos a todos o quão lamentáveis são
os intentos do Bloco de Esquerda em algumas matérias.
A ação é grave em qualquer circunstância democrática, mas
mais negra se torna que se trata de um partido com assento parlamentar e com
responsabilidades acrescidas.
Que ponham a mão na consciência e, no mínimo, peçam desculpa
a todos os portugueses por tamanha vergonha.
Pudesse António Costa livrar-se desta geringonça e nem
pestanejava. Há momentos que não dignificam a honra, o respeito nem a liberdade
a todos os níveis que abril nos deu.
Que Deus lhes perdoe porque eu, humana errante, não sou
capaz.
*Crónica de 29 de abril na Antena Livre, 89.7 Abrantes. OUVIR.
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