Lisboa: capital de uma viagem inacabada






Fotos: Ana Clara 

Lisboa, desnudada, num dia meio cinzento, meio solarengo de abril. Brisas que vão e voltam. Gaivotas que povoam cantos e recantos das colinas que dançam ao ritmo da maresia do Tejo. Gentes que chegam, outras que partem, sem pressas, que o mundo não acaba hoje.  

Há dias que iniciam histórias, e tantas outras (estórias), que ficarão sempre por contar. 

Esta é apenas uma delas e que marca o início de uma viagem que havia de me surpreender até ao fim. E não são, afinal, essas as mais reconfortantes

Porque só assim podia ser, só assim foi escrito, sabendo sempre, que é aqui que tudo começa e que tudo acaba provisoriamente. 

"Lisboa, menina e moça", como cantou o Carlos do Carmo, não abandona os seus filhos, nem os órfãos de identidade, e muito menos os que a abraçam uma só vez. 

Este é o primeiro capítulo de uma viagem que percorreu três países, repleta de descobertas, de muitos sorrisos e, acima de tudo, que me transportou ao limite - dos outros e ao meu -, com partilhas irrepetíveis e inéditas, com sonhos e medos, mas acima de tudo, regenerando a força que nos deram. 

Em breve partilharei as estórias do caminho, numa viagem com retorno marcado, mas sempre inacabado. Até porque o melhor da vida fica sempre infinitamente por terminar. É esse o sabor mais doce que lhe podemos dar.

[Bom 1.º de Maio a todos!].

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