Legislativas 2019: um passeio para uns, um martírio para outros

Foto: Rodrigo Antunes 

As sondagens valem o que valem. Mas são indicadores que têm de ser levados em conta. Neste início de "aquecimento" para as legislativas 2019 e rentrée política, há factos que nem precisavam de sondagens para os suportar.

Falo das dificuldades extremas do PSD de Rui Rio, que se arrisca a ter uma derrota estrondosa nas eleições de outubro próximo, e da confortável posição do PS e de António Costa. Maioria absoluta? Ninguém o sabe, mas que se vai posicionando - entre farpas dos parceiros da geringonça e da direita -, lá isso vai.

Seja como for, a procissão há muito que começou e será longa, e cansativa, e aborrecida. Os partidos necessitam de se reinventar. Porque há muito que se esgotam nas velhinhas ideologias que os caracterizam...o PS por exemplo, a nível do debate e das propostas de ideias, tanto poderia governar com o PSD ou com o apoio do BE e do PCP.

E talvez por isto, é o partido que melhor tem sabido ajustar-se aos tempos pós-Troika e à capacidade de agregar massas. O seu líder também faz diferença. E em tempos em que escasseiam grandes lideranças partidárias, não digo que seja um passeio, mas que Costa é o que carrega os pesos mais leves, lá isso é. 

Comentários