O Diabo veste CDS? O tempo o dirá.
Há um velho ditado que diz: "não se regressa ao local onde fomos felizes". Digo já, de antemão, que discordo da ideia. Volta-se aos lugares onde fomos felizes, se realmente foram mesmo tempos inesquecíveis.
No caso de Manuel Monteiro, não me parece que assim seja. Abandonou o CDS em 1998, depois de seis anos à frente dos seus destinos.
Saiu em colisão com o grande amigo Paulo Portas. Levou a pior num longo episódio já conhecido.
Pelo meio, e entre um afastamento natural (que nunca o foi), lançou um partido (o PND), que somou fracassos atrás de fracassos.
Disse "raios e coriscos" do partido para onde hoje regressa. E convenhamos que é não só um regresso de fachada como uma nova afronta a Portas que, por ora, está afastado.
Em política há que ser-se frontal com os seus. Leal. Coisa que Manuel Monteiro não tem, em nada, pelo CDS de Assunção Cristas em 2019.
Anunciar um regresso destes em plena campanha eleitoral, também é elucidativo.
Mas talvez Monteiro possa ajudar o partido a digerir o putativo péssimo resultado que se antevê a 6 de outubro.
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