Rogério Rodrigues: a mais bela geração de jornalistas que conheci vai partindo
Foi meu subdiretor em A Capital.
Era um homem bom. Reservado, mas com um fundo de bondade que toda a redação lhe reconhecia. Foi ele que me conduziu pelos meandros sensíveis dos corredores (pouco acessíveis mesmo a jornalistas) do PCP.
Foi a ele que o diretor da altura, Luís Osório, me entregou, quando um dia foi preciso apurar umas quantas entradas no Comitê Central do PCP e que ninguém entendia porquê. E se era difícil. Mas conseguimos lá chegar, após horas a fio agarrados ao telefone e dezenas de chamadas depois.
Nunca fomos próximos. Mas não posso nunca esquecer aqueles que não me largaram a mão quando as pernas eram verdes e tremiam como nunca. E o Rogério, com a sabedoria e memória da velha guarda, sabia acalmar-me e ensinar-me, como ninguém, a lidar com todos os partidos e os seus dirigentes. A ele lhe devo isso. Obrigada, Rogério. E onde quer que esteja, faça sempre aquele brinde! E dê um abraço apertado meu ao Torcato, ao Mesquita e...ao Carlos! E que tenham tertúlias sem fim. Daquelas que também a nós, mais novos, nos proporcionou.
O Luís escreveu-lhe A Homenagem. Só tu, meu querido Luís, o podias fazer. Obrigada!
O Luís escreveu-lhe A Homenagem. Só tu, meu querido Luís, o podias fazer. Obrigada!
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