Covid-19: o (mau) exemplo da comunicação social portuguesa para ensinar nas Faculdades

Desde janeiro que o Coronavirus foi dado como uma preocupação. Primeiro na China, depois na Europa. Agora um pouco por todo o mundo.
Sendo obviamente preocupante, o grau de mortalidade é baixo. E ainda bem. Temos todos, é certo e sabido, de nos precaver e cuidarmos de nós.

O que não se compreende é a quantidade de não-noticias que por cá foram (e continuam a ser) dadas sobre o tema. A ânsia de Portugal ter casos, sobretudo nas nossas televisões, roçou níveis de autênticas aulas de Faculdade. Por essas escolas fora não devem faltar professores com exemplos. Mas exemplos do que não se deve fazer.

O alarme social - seja qual for a forma gratuita de se noticiar quaisquer assuntos - é, em grande parte, provocado pelo show triste a que temos assistido nas televisões. Cenários, dramas, horrores. Vale tudo para "encher chouriços", como se diz na gíria, e para encher as grelhas dos noticiários.

O papel de um jornalista não é este. A notícia é um valor muito específico. Não é a redundância a que temos assistido, nalguns casos com muita asneira à mistura.

O mais triste é ver, diariamente, sobre tantos e tantos assuntos o erro ser repetido de forma desrespeitadora para o leitor.

Com este pseudo jornalismo vivemos num circo 24 horas por dia.

Talvez os mais novos, os que por estes anos andam nos bancos da faculdade, venham a fazer melhor que esta geração no ativo.

Tenho Fé. Pouca. Mas ainda tenho.

Comentários

Mensagens populares