Religião e política: a mistura explosiva


É-lhe conhecida a sua eterna fama - e proveito - de lançar, volta e meia, farpas ao poder político.
Mas, tal como diz o título deste post, religião e política, quando misturadas, nunca dão bom resultado, sobretudo quando é a primeira a lançar a primeira farpa.
D. Januário Torgal Ferreira, Bispo Emérito das Forças Armadas e Segurança, volta ao seu habitat natural, na entrevista que dá esta semana à Revista Visão.
O título é, nessa matéria, digno do seu estilo, e da sua falta de sensibilidade. Também por isso nunca gostei que representasse as Forças de Segurança, até porque a sua veia altiva, muitas vezes, desprestigia não só a Igreja Católica como as forças policiais deste país.
Não gosto dele, nunca gostei e julgo que nunca irei gostar. Lamento dizê-lo, assim, de enfiada. Mas para servir Deus, o Povo e um país, é preciso muito mais do que aquilo que Januário Torgal Ferreira tem mostrado nos últimos anos: sensibilidade, bondade, contenção nas palavras e no tom com que as usa. Sempre que se expõe, sinto-lhe sempre uma vontade maior que si próprio, para a maledicência. E isso afasta-me daquilo que a Igreja Católica - e os seus pregadores na Terra - deviam ser.

Citação | Visão | 16.04.20:
"Eram tantos a berrar 'chega de Estado' e agora é vê-los nus e desgraçados, de roupinha nas mãos, a virarem-se para o Estado e a dizer: 'Ó papá, salve-nos!'". 

Comentários

Mensagens populares