O futuro que (mal) recomeçou
Portugal inicia hoje mais uma batalha nesta guerra que 2020 nos trouxe a todos.
Mais do que uma saída lenta do confinamento a que todos fomos sujeitos, esta é, sobretudo, uma barreira psicológica.
Temos sobre as nossas cabeças a responsabilidade de contribuir para um cenário que nos ajude a descomprimir e a aliviar a intensidade do botão de stress em que estivemos durante 7 semanas.
Sabemos que vai continuar a ser duro, mas para aliviar a bolha, temos de saber levar isto de forma lenta e cautelosa.
A exaustão e o cansaço são os nossos maiores inimigos. Mas o balão de oxigénio que nos concedem a partir de hoje pode ser a esperança que todos precisamos para continuar a combater individualmente esta guerra silenciosa em que todos caímos.
Que saibamos ser capazes. Com paciência, responsabilidade e inteligência sei que conquistaremos, pouco a pouco, terreno. Este é o único caminho que temos para alcançar a nova vida que espera por nós.
Essa é a única certeza que temos: nada voltará a ser como antes. Se soubermos lidar com isto, saberemos encontrar o ponto de equilíbrio e a resistência que este vírus enfraqueceu.
Assim espero.
*Crónica de 4 de maio, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. OUVIR.
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