O futuro que (mal) recomeçou

Estado de calamidade começou a 4 de maio

Portugal inicia hoje mais uma batalha nesta guerra que 2020 nos trouxe a todos. 

Mais do que uma saída lenta do confinamento a que todos fomos sujeitos, esta é, sobretudo, uma barreira psicológica.

Temos sobre as nossas cabeças a responsabilidade de contribuir para um cenário que nos ajude a descomprimir e a aliviar a intensidade do botão de stress em que estivemos durante 7 semanas. 

Sabemos que vai continuar a ser duro, mas para aliviar a bolha, temos de saber levar isto de forma lenta e cautelosa. 

A exaustão e o cansaço são os nossos maiores inimigos. Mas o balão de oxigénio que nos concedem a partir de hoje pode ser a esperança que todos precisamos para continuar a combater individualmente esta guerra silenciosa em que todos caímos. 

Que saibamos ser capazes. Com paciência, responsabilidade e inteligência sei que conquistaremos, pouco a pouco, terreno. Este é o único caminho que temos para alcançar a nova vida que espera por nós.

Essa é a única certeza que temos: nada voltará a ser como antes. Se soubermos lidar com isto, saberemos encontrar o ponto de equilíbrio e a resistência que este vírus enfraqueceu.

Assim espero. 

*Crónica de 4 de maio, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. OUVIR

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