Presidenciais: a recandidatura consumada na Autoeuropa

Fotos: Presidência da República

No meio de uma crise sem precedentes no país, assistimos em plena visita à Autoeuropa a uma recandidatura presidencial com um empurrãozinho do primeiro-ministro. 

Marcelo Rebelo de Sousa, depois do estado de graça e dos trambolhões do palco 'rock star', chega à parte final do mandato com uma crise valente para gerir. 

Não fosse António Costa um exímio gestor de crises (políticas) e um autêntico negociador e a coisa teria sido bem diferente. 

É certo que é de louvar a sorte de Portugal em ter dois homens - distintos mas com pulso firme necessário - a liderar o país numa hora de tormenta como esta.

Contudo, não deixa de ser uma bela jogada política de ambos esta cena para país ver na Autoeuropa, pensada ao milímetro e quem sabe até combinada (especulamos nós).

Uma coisa é certa: sabem ambos que precisam um do outro para sedimentar as suas ambições políticas. E que, um e outro, são perfeitos para as concretizar. 

Jamais imaginariam que teriam verdadeiros horrores para gerir no exercício do poder. Mas também é nas horas mais negras que se desafiam e tornam mais fortes. 

Para esta casa ambos surpreenderam. Marcelo foi eleito e todas as fichas foram depositadas na sua vivacidade política. Foi perdendo gás.

Já Costa, que deixou muitos de pé atrás com a mão do diabo que deu à esquerda mais radical, de mansinho, tem vindo a provar que é um líder à prova de bala. 

O futuro (deles e nosso) está por escrever. Por mim, preocupa-me mais o nosso, já que se der para o torno, são os mesmos de sempre a pagar a fatura. 

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