Vicente Jorge Silva: não há partidas, há apenas saudade
Morreu o Vicente. Assim, sem avisar. Morreu o Vicente. Com ele, parte um espírito inquieto, que marcou uma geração de jornalistas. Que os convocou. Que lhes deu a mão. Que os fez ver quão importante era a carga de trabalhos onde escolheram entrar. Morreu o Vicente. Que me deu colo, que me deu sermões sem fim, que me sorria num ponto infinito, quando, em 2002, havia de entrar na redação do Público, na rua Viriato, em Lisboa, enquanto projeto de estagiária. Morreu o Vicente. E com ele, morre mais uma parte de nós. Daqueles que, com ele, aprenderam a cumprir uma profissão como já não se aprende. Quando lá chegares, sei que ouvirei as tuas risadas e as do Carlos. Juntos, farão uma Ode à Eternidade. A mesma que se prolonga no fio da miragem de nós, os que ficamos, mais sedentos ainda de vos cumprir. ❤️
Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
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