Sir Sean Connery: a imortalidade espelhada em mim


Nasceu entre duas guerras mundiais (1930). Foi muita coisa antes de chegar a nós da forma sublime que todos conhecemos. O marco para mim começou em "O nome da Rosa" (1986), a adaptação da obra magnífica de Umberto Eco, que só Sir podia ter interpretado assim, e em todos os brilhantes 007, que haviam de ser os mais belos, os mais atrevidos, os mais ousados, antes sequer de imaginarmos que seria assim. Foi o primeiro e o melhor agente 007. Para mim, não houve igual. Foi brilhante em tanto, e continuo-me a lembrar dos que mais me marcaram: "Caçada ao Outubro vermelho" (1990), "A Rocha" (1996) ou a "Liga Extraordinária" (2003). 

Era - e será sempre - o meu ator de eleição. Acompanhou-me a vida toda, em cada momento particular, em cada história que conta aquilo que sou. Nos amigos que fiz, nos amores que tive, no coração que fui amolecendo. 

Foram 90 anos bem passados entre nós, bem o sei. E tivemos a sorte de o ter, de o viver, de o consumir, em cada entranha da tela mágica do cinema. 

Ainda assim, parece impossível. Quando aqueles que idolatramos partem, quase que a imortalidade ainda faz mais sentido. Para mim, torna-se ainda mais claro, mais límpido, mais evidente. Até já, Sir! Porque és tudo isso e tanto mais. 

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