O Chega e a necessidade do (bom) jornalismo

Sou suspeita. Por várias razões. Mas a principal porque acompanho o trabalho do Pedro Coelho há muitos anos. É um dos melhores jornalistas portugueses. Sério, escorreito, profissional, ético.

Muitos dirão que a reportagem sobre o Chega, cujos dois primeiros episódios (de 4) já foram emitidos, é inapropriada no atual momento eleitoral.

Será? Não será o momento da escolha de um país o certo para se conhecer as motivações e natureza de um partido político em claro crescimento?

Não será serviço público conhecer, em profundidade, os meandros e protagonistas anónimos de um partido, para lá do seu líder?

Uma coisa é certa: é levantada a ponta de um véu, que ilustra bem os interesses para lá da causa pública.

O povo que retire as suas conclusões. O jornalismo tem de ser isto. A visão realística, bem ilustrada, fora do juízo.

Nós por cá há muito que já temos opinião formada. O Chega não é só produto de um homem só. Todos os outros são até mais importantes para se entender o fenómeno que a Europa pelos vistos quer acordar.

Nas caves mais profundas do Chega, como se diz na reportagem, discute-se tudo menos ideologia. E é aqui que chegamos.

Obrigada, Pedro, pela lucidez de sempre! 

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