Presidenciais 2021: uma falta de respeito para com o País

O que aconteceu hoje com a confirmação de que Marcelo Rebelo de Sousa está infetado com Covid-19 e tudo o que isso arrasta consigo é algo que não pode espantar ninguém.

Fui, desde o início, contra a manutenção destas eleições, sem preparação prévia. Não estão reunidas, desde o início, quaisquer condições para fazer uma campanha eleitoral. 

Já nos debates se percebeu que isto podia ter um efeito em cadeia. Grave e imparável. 

Pior: como é possível pensar em campanhas quando se pede ao país que fique em casa, quando o vírus circula de uma forma muito mais rápida do que alguma vez circulou no passado. O Inverno, sabia-se, ia ser duro. Mas não, vamos avançar que isto faz-se, pensaram eles. 

Este é o mesmo país que pede aos cidadãos que façam sacrifícios, que confine, mas convida todos dia 24, a irem em carneirada e filinha, votar.

Junto a tudo isto a ideia impensável de voto antecipado nos lares, quando as direções de dezenas destas instituições já tinham avisado que não tinham condições de espaço nem de meios humanos para tal.

Este é o país que temos em janeiro de 2020. Um país à deriva, sem um líder nem um Governo que nos guie e proteja.

Por fim, dizer que para partidos, políticos e alta roda há testes e há possibilidade de contactos de risco. Mas se for eu ou qualquer cidadão que liguemos para a Linha de Saúde 24 e diga que teve um contacto com alguém contaminado, não se testa, não se acompanha, não se exige nada.

É este o meu país. É triste. E é lamentável tudo isto quando estamos numa pandemia grave. Quando toda esta gente (classe política) enche a boca para dar sermões moralistas e são os primeiros a brincarem com a saúde pública.

Nota: a reunião do Infarmed desta terça-feira não podia ser antecipada. O atual Presidente convidou todos os candidatos para participar. Eis a fava, esta noite. 

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