Percorrer Lisboa à boleia de uma pandemia e no coração da Presidência Portuguesa do Conselho da UE

Sexta-feira. 5 de fevereiro. 2021. Manhã cinzenta. Frio. É inverno. Que para muitos deprime, outros há que precisam dele, mais do que o verão.

Este confinamento, já o sabemos, está a ser bem diferente do primeiro. Há mais gente na rua, mais carros a circular, mais movimento do que seria desejável, sobretudo, se pensarmos que, nos números de há um ano, hoje estamos bem piores.

Lisboa, permanece aqui, guardada pelo Tejo, que corre como sempre, impávido e sereno, quando a seu lado, não há gente, não há risos, não há bulício. Aquele som, que todos temos ainda no ouvido, de quem conhece a baixa da cidade e a zona ribeirinha da cidade.

O nosso destino? Centro Cultural de Belém. O centro das operações da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que, durante este semestre, assenta arraiais na capital.

É irónico que tenhamos a responsabilidade europeia numa altura dramática como esta. O que noutra circunstância teria aqui muita gente e aparato diferente é hoje uma realidade que agrega solidão, vazio, ponto cinzento.

Uma coisa é certa, tudo isto terá um fim, aconteça o que acontecer, e venha o que vier a seguir.

Por agora, Lisboa segue sozinha, desnudada e saudosa. Nós, havemos de nos reencontrar, em cada canto dela que nos pertence.

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