Os filhos da madrugada: serviço público em mês de liberdade


‘Filhos da Madrugada’, a icónica canção da liberdade de Zeca Afonso – e de todos nós – empresta o nome ao programa de Anabela Mota Ribeiro, que passa todos os dias, na RTP3, até 25 de abril.
 

O programa, que teve início a 1 de abril, dá-nos 25 entrevistas, de homens e mulheres, nascidos depois de 1974 e que são eles o produto da geração nascida depois da revolução mais importante do século passado para nós e que nos libertou. 

É não só o expoente máximo de serviço público de televisão, que aumenta a qualidade também pela sua mentora, Anabela Mota Ribeiro, sem dúvida, uma das melhores entrevistadoras que temos no país.

"São 25 interlocutores que trazem o seu percurso, a sua compreensão política e social do país, fotografias e contrastes com a vida dos pais e avós, material que fornece um retrato concreto, particular, quotidiano do Portugal que hoje somos. Homens e mulheres, as mulheres que, diferença flagrante no país do século XXI, surgiram no espaço público, deixaram a esfera estrita da domesticidade e do trabalho não remunerado. Uns mais conhecidos do que outros. Diferentes sensibilidades políticas. De diferentes áreas de trabalho e geografias. Sempre interessantes. Uma enfermeira que passou anos sem ouvir o pai falar da guerra colonial. Uma escritora negra. Um pastor evangélico. Um professor catedrático cujo pai era pedreiro. Uma rapper nascida já depois da queda das Torres Gémeas. Uma conservadora de direita que veio com os pais, retornados, ainda criança pequena, de Angola. Um homem de uma família laica que se converteu ao catolicismo já adulto. Uma jovem mulher que integra o Governo de Portugal. Uma apresentadora de televisão. Pessoas do teatro, da ciência, da política”, pode ler-se no blogue de Anabela Mota Ribeiro.

No segundo ano de uma pandemia sem precedentes na vida da história moderna, uma lufada de ar fresco neste mês em que cantamos todos os 47 da Revolução dos Cravos!



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