Paulo Rangel: a homossexualidade e a política baixa


Paulo Rangel assumiu, este sábado, em entrevista a Daniel Oliveira, na SIC, a sua homossexualidade.

Este texto não serve para nada. Muito menos para defender Paulo Rangel. Mas estou certa que, tal como eu, muitos portugueses não o sabiam. Nem temos de saber. É um facto que só a ele respeita. Mas, ao mesmo tempo, é lamentável que, no tempo em que vivemos, a orientação sexual de uma pessoa, que por acaso é político, seja usada como arma de arremesso. A ser verdade o que Paulo Rangel hoje disse, é grave. Muito grave.

A decisão de contar ao País chegou agora. E repito, não faz nenhuma diferença sobre a opinião que qualquer um de nós tem a seu respeito. E ainda que haja aqui uma intenção numa putativa candidatura à liderança do PSD em 2022, saber que há um sentimento negro de homofobia na classe política portuguesa - ainda que seja só um, já é demais - faz-me ferver.

Acima de tudo, que mais uma partilha como esta sirva para muitos porem a mão na consciência e refletirem sobre a liberdade individual e o respeito pelo outro.

A sexualidade de cada um, a cada um diz respeito. E faremos com ela o que bem entendermos para os fins que quisermos. A única coisa que me a mim me diz respeito é pugnar pela defesa das escolhas de cada um. Legítimas. Intocáveis. Suas. 


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