Fábio Guerra, o jovem polícia que encerra a força de um nome chamado PSP

Sou suspeita para falar. Por vários motivos. Por nenhum até. Este texto não pretende abordar os factos. Eles são conhecidos. Serve apenas para homenagear um homem, um cidadão, um agente de segurança, que perdeu a vida a exercer uma forma de vida. A de ser polícia. A de ser um agente do bem. Fábio era agente desde 2019. Jovem. Na flor da mais bela idade. E fez aquilo que todos os polícias que o são por inteiro fariam naquela circunstância. 

Mas isso custou-lhe o melhor que tinha: a sua vida. Uma vida inteira por cumprir. A instituição Polícia de Segurança Pública (PSP), vimo-lo bem (mas nem era preciso, porque quem a conhece, também lhe conhece o pulso), está de luto. De um luto infinito, que destapa feridas abertas permanentes. Perdeu um dos seus. Dos mais novos. Daqueles que ainda tinham como protegidos. Porque Fábio, jovem, destemido, polícia por inteiro, deixa a marca mais difícil que pode haver: a luta por uma classe, o respeito por uma profissão, a clareza de exigir seriedade. 

E tudo isto tem sido, ano após ano, esquecidos nos gabinetes do MAI. Essa é uma verdade indesmentível, comprovada por todos quantos trabalham na instituição (seja em público ou em silêncio). Mas nem isso os demoveu nunca. De se cumprirem enquanto agentes de ordem pública, enquanto garante de um dos bens maiores de um Estado de Direito: a segurança de todos nós.

Ao Fábio, a todos os Fábios, agentes de forças de segurança, deixo um abraço, um beijo prolongado, um sincero obrigada por serem vós os responsáveis por nos manterem seguros, num País livre (ironia desta vida, no dia em que celebramos mais dias de democracia do que de ditadura), num País onde, quero acreditar, reconhecemos os perigos que enfrentam todos os dias, todas as horas, por cada um de nós. 

Que a viagem seja leve, Fábio, e que sejas para todos os teus colegas, amigos e familiares, uma inspiração eterna e sempre presente!

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