Carlos Santos Pereira: um ser livre na vida de tantos que tocaste


🗞️ Falar do Carlos (Santos Pereira) é e será sempre redutor. Nada do que possa escrever fará jus ao "homem, ao intelectual, ao jornalista e ao ser humano" que foi, citando o seu sobrinho, André Santos Pereira. O Instituto de Defesa Nacional, casa que em vida muito amou, e tanto o fez feliz, foi hoje palco do lançamento da obra que o homenageia, quase um ano depois da sua morte. O nsso eterno Carlos! 'Do Solidariedade ao Afeganistão - quatro décadas de vida de repórter'. Um livro que reúne alguns dos textos mais brilhantes e premonitórios (um deles, de 2014, antevê o conflito que hoje está a acontecer na Ucrânia) de um dos homens que marcou, indelevelmente, o jornalismo português e internacional. Que foi decisivo nas minhas escolhas, na jornalista que (me) construí. Deixo, por isso, um excerto do prefácio, maravilhosamente escrito pela Diana Andringa, outra das nossas maiores: "pediram-me um prefácio em que falasse do Carlos Santos Pereira, jornalista. Escolhi fazê-lo usando as suas próprias palavras (...). Nesse dia, o Carlos, que sempre considerei um excelente jornalista, confirmou a minha convicção de que a primeira qualidade para se ser um bom jornalista é ser um bom ser humano, e demonstrou a razão de Ryszard Kapuscinski ao escrever que 'Os cínicos não servem para este Ofício'. Onde quer que estejas, Carlos, continuarei a fazer tudo para te honrar, para evocar a amizade que me deste a honra de viver, intocável até ao infinito da dimensão, jamais esquecerei que nunca quebrarei, na minha condição de mulher livre. Tal como tu!

Apresentação da obra, a 23 de maio, no IDN, em Lisboa. 


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