Top Gun - Maverick: em 2022, um retorno que não defrauda



Um blockbuster é sempre um blockbuster. Nisso, é certo que Top Gun - Maverick não falha. A sequela da colheita de 1986 não desilude. Tem a inteligência - ou a simplicidade - de manter viva a alma do primeiro. Agarra-se a alguns clichés inevitáveis, mas sem isso, não havia forma de manter o fio que agarrou milhões aos ecrãs dos velhinhos cinemas há mais de 30 anos.

O tempo, já o sabemos, é cruel. Mas até nisso Tom Cruise consegue fintar o calendário, mantendo-se numa forma invejável para os seus quase 60 anos. Se há coisa que queríamos era memórias do primeiro filme, e a insistência de ter Val Kilmer, mesmo numa condição frágil ganha pontos no resultado que Cruise fez questão de ter. A inteligência artificial fez a magia que se pretendia com gravações de voz antigas do ator que perdeu a voz quando em 2014 lhe foi diagnosticado um cancro na garganta.

Na verdade, nada falha. Desde a loucura da missão suicida, à lealdade da personagem principal a si mesma, passando pela nuvem de revivalismo em jeito de ode ao espírito da amizade. Top Gun 2022 cumpre tudo o que o público da geração 40 esperava. Eu não queria nada de diferente. Tocar na natureza das coisas é meio caminho andado para defraudar. E este saiu a tempo, com Tom Cruise ainda a poder estar lá. Uma coisa espero: não me dêem mais nenhum. Sem Cruise, a coisa não será a mesma.



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