𝟭𝟬𝟬 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗖𝗲𝘀𝗮𝗿𝗶𝗻𝘆: 𝘂𝗺 𝗱𝗼𝘀 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗹𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲𝘀𝗮



Faria hoje 100 anos. É um dos nossos maiores. Pai de uma das correntes que mais me influenciou: o surrealismo. Forte, destemido, corajoso contra uma ditadura que achava dona de um Portugal submisso. Mário Cesariny deixou uma das marcas mais importantes para memória futura. A sua poesia, que tantas vezes me levou ao sufoco, tinha tanto de bela como de caótica. O poeta, irreverente, simplesmente o inconformado que morreu com sede de tantas batalhas por vencer. Se fosse vivo, faria hoje um século. Acredito que nunca nos abandonou. Sei que continua ao lado de um País que tem ainda tanto por vencer. A forma como nunca se abandonou é sublime, em todas as suas lutas: políticas, sociais, culturais e pessoais. Num tempo em que a liberdade era uma miragem, nunca desistiu de ser. De ser quem era. O compromisso com a sua homossexualidade é uma lição que marca também o génio literário que foi. Que é. Obrigada, Cesariny! Até Setembro de 2024, Portugal conta com várias iniciativas que celebram o centenário do seu nascimento. Que o vivamos, como merecemos e como ele merece. E que saibamos ouvir as sombras para encontrar a luz. Assim era o poeta inconformado, como sempre lhe chamei. Assim é o sonho que constrói a vida. ♥️🇵🇹✍️

[9 de Agosto de 1923 - 26 de Novembro de 2006]

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