Camilo Castelo Branco: um amor de perdição para sempre

Clássico maior da literatura portuguesa, "Amor de Perdição" é uma das obras imortais de Camilo Castelo Branco. Foi escrita em 1861, enquanto se encontrava preso por adultério na Cadeia da Relação (Porto). 



O amor entre Simão e Teresa é dos maiores e mais intensos da prosa nacional e que jamais nos será indiferente. Uma analogia, quiçá, com o grande amor de Camilo, Ana Plácido. Este ano regressei à sua magnífica obra. Senti que o devia. A ele e a mim. Li a maioria dos seus livros entre os meus 15 e os 20 anos. E ao longo do futuro (que é passado), senti sempre que não o compreendi como devia. Pela imaturidade, pela intelectualidade em permanente construção, por me ter detido em outras referências como Eça à cabeça. 

Decidi reler os seus principais clássicos este ano, começando obviamente por 'Amor de Perdição', essa explosiva e marcante história entre Simão e Teresa, que ainda hoje está mais atual que nunca. Camilo é um dos nossos maiores. Mordaz, eloquente, inocente e frágil. Tanto de nós, tudo de outros Universos. Merecia mais deste País, o nosso querido Camilo. O mesmo país que não o lê. E quantos, das novas gerações não fazem ideia do génio que foi e será sempre? 

Camilo será eterno, um dos nossos maiores amores de perdição. E, sim, este é um grito pela leitura. Com os nossos no topo da fila. Porque regressar aos clássicos não é só um chavão, é renascer num crescimento interior desmedido. Onde quer quer estejas, Camilo, obrigada pela viagem que nos deixaste. Ela será sempre eterna. Queira o mundo embebedar-se com ela! ♥️

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