Um terramoto que derruba Costa

Facto. 7 de Novembro de 2023. António Costa demite-se do cargo de primeiro-ministro, fruto das investigações da Justiça aos negócios do hidrogénio e do lítio, envolvendo ministros, secretários de Estado, ex-governantes e autarcas. E, o primeiro-ministro, claro está. 

Aconteça o que acontecer, António Costa fez o que se esperava de um homem sem quaisquer condições para governar: abandonar o barco que começou a afundar há muito. 

Por estes dias e horas, o País inteiro irá comentar, as televisões irão berrar, já não haverá mortos na Ucrânia nem no Médio Oriente, até sexta-feira, isto vai ser uma animação para saber o que fará Marcelo Rebelo de Sousa. 

Chega agora o tempo do Presidente da República que tem, há muito, uma frágil autoridade enquanto Chefe de Estado. Mas que tem agora em mãos o poder de escolher o futuro do País. 

Não tenho muitas dúvidas de que iremos (novamente) para eleições antecipadas. Outra vez. "Se mudar o primeiro-ministro, há dissolução do Parlamento", disse Marcelo Rebelo de Sousa em Janeiro de 2022. Siga. É Portugal a ser Portugal. Com uma factura pesadíssima que aí vem mais uma vez. E com uma crise gravíssima em mãos. 

Em breve, veremos o que aí vem. E em breve também, haveremos de escrever sobre o legado, passado e futuro de Costa, bem como sobre os negócios obscuros do lítio e hidrogénio que, há anos, lhe conheço bem os caminhos trilhados. E há anos que, quem estivesse por perto, percebia que vinha aí tudo menos um arco-íris bonito. A começar e a acabar em João Galamba, o homem que arrasta Costa até ao dia de hoje. Em breve. 

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