Legislativas 2024: sabemos ao que vamos. E para onde vamos?

Em tempo de eleições, começam a sair os esqueletos do armário. Esqueletos que, coincidência nuns casos, noutros nem tanto, influenciam o espaço público e condicionam, para o bem e para o mal, as intenções de voto dos eleitores. 



Desde o caso José Sócrates, à moradia de Montenegro passando pelo escândalo de corrupção na Madeira com Miguel Albuquerque, temos um prato bem servido para o que aí vem. E, como é típico nestes momentos de pré-campanha, ainda mais haverá de vir. 

O País tem as alternativas identificadas. Sabemos, a partir de agora, ao que vamos, em cada distrito. E se cada voto conta, também contará o que os cabeças-de-lista e os líderes partidários farão até dia 10 de Março. 

Uma coisa é certa, precisamos cada vez mais de uma classe política imaculada, coisa, como já percebemos, não temos. Precisamos de verdade, honestidade e clareza. Coisa, já sabemos, que no dia a seguir às eleições, nunca temos. 

E assim sucessivamente. 

Enquanto não houver uma profunda regeneração da classe política portuguesa e dos seus protagonistas, Portugal não sairá do fundo da tabela comunitária em variados índices, sejam económicos ou sociais. 

Precisamos urgentemente de também contribuir para um País político mais exigente e sério. Porque sabem eles e sabemos nós, estamos a chegar ao fim da linha em que, nem nós nem eles, queremos. Cabe-nos a nós escolher e será essa decisão que os obrigará a repensar a forma de fazer política. Se, como anteveem, não houver a 10 de Março uma solução estável, o futuro será ainda mais negro. Mas eles, os eleitos, terão na mão a oportunidade de abrir caminho à responsabilidade, de se entenderem, de poderem juntos trabalhar por Portugal e por nós. Em suma, de cumprir com aquilo que nos repetem incessantemente: que são os portugueses que mais importam. Veremos se terão coragem!

*Podcast/crónica de 29 de Janeiro na Antena Livre. Ouvir aqui

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