A caminho das legislativas: debates e sai uma caldeirada


30. Ao todo são 30 os debates que iremos ter antes de arrancar a campanha. Aí estão eles. Sem surpresas. Com os protagonistas que conhecemos (ou talvez não). A maioria dos líderes tem neste 10 de Março o primeiro teste eleitoral à sua liderança. O mais experiente nestas andanças é também o mais temido, o Diabo, como muitos lhe chamam, e o que mais bem sabe fazer política. Falo de André Ventura. Quer gostemos, quer não gostemos, André Ventura sabe o chão que pisa, prepara bem o folhetim, é eficaz na mensagem (seja ela populista ou meramente de soundbite para ecoar nas parangonas). A verdade é só uma: temos a pior campanha de sempre desde que me lembro de votar. A qualidade das gerações que hoje chegam à política parece saída de um filme de categoria D. Impreparados, sem domínio de retórica, propostas insipientes, sem se perceber nada a nível programático, com objetivos meramente ancorados em chavões que se dizem à mesa do café. Muitos deles sem um programa eleitoral ainda conhecido. Isto ainda mal começou e já me apetece que se calem todos e que voltem de novo para a escola. 

Esta geração não é pior que as anteriores. É fruto do que fizeram dela. Mas inequivocamente a renovação geracional na política portuguesa está pela ruas de uma amargura como eu nunca vi. Seja quem for primeiro-ministro, ou trabalha muito num tempo recorde para honrar a função ou temo muito pelo futuro que aí vem.

E já agora, aqueles que temem o Chega e o seu querido líder, pensem bem, porque politicamente, está a provar por que razão pode chegar aos 20%. E, não, não é pelas melhores razões. Mas o povo é soberano. E o povo saberá o que fazer com isto tudo. Uma caldeirada? 

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