Depeche Mode: a noite de trevas que iluminou Lisboa

📷 Rita Carmo. Blitz


Há um manto que povoa os que têm Fé. E Fé é uma coisa que, para quem segue Depeche, desde que se lembra de ser gente, nunca acaba.

O concerto de ontem à noite, na Altice Arena, foi uma catarse e a prova de que a idade, bem aceite, é uma coisa maravilhosa.


📷 Ana Clara 

 

A reinvenção é outra. E esta é a mesma banda de há 40 anos. Só que sentimos que tem pinças depois da perda. Este Memento Mori é a prova de que as perdas se superam mas nunca nos abandonam. Ao mesmo tempo servem para nos agarrarmos à vida, e fazermos dela o que quisermos. Dave Gahan e Martin Gore mostraram-nos isso mesmo numa noite repleta de história, de passado, mas também de futuro.

Só quem sabe o que é ser Depeche pode perceber que a emoção nos trespassa o corpo todo. E mais importante que isso, a alma de ser diferente, de cantar hinos de vitória, de derrotas, de conquistas e fracassos. E sabemos bem que o insucesso é o caminho do sucesso.

Ser Depeche é ser vida. É ser caminho. É ser ousadia. Coragem e esperança.

A noite desta terça-feira ficará inscrita na vida dos fãs portugueses. Desfilaram sucessos incontornáveis das nossas vidas e das deles e Fletcher estava lá, como eu já sabia. Foi uma passagem na reconstrução de uma banda que sobrevive a um dos seus fundadores. Que nos penetra a alma sem pedir nada em troca. Que não é de merdas. Que do simples nos dá ouro. E isso, meus caros, isso, é impagável.

Love you, boys!



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