Nuno Melo: um político do meu tempo
Há políticos que se confundem com a nossa carreira. Porque foi com eles que começamos a caminhada. Foram eles que nos ensinaram a fazer jornalismo político.
Nuno Melo é, a par de muitos outros, um deles. Quando iniciei o meu percurso no Jornalismo, faz agora 20 anos, foi nos corredores da Assembleia da República, que o conheci. Foram muitas as lides em que nos cruzámos e trabalhámos juntos, partidárias, parlamentares e europeias, Congressos e Conselhos Nacionais, eleições de todos os tipos, comissões parlamentares (com destaque para a do BPN em que se evidenciou no hemiciclo, pela forma aguerrida com que fez perguntas e questionou ilegalidades). Sempre em lados opostos da barricada, mas com uma máxima: um respeito profissional inquebrável. Que dura até aos dias de hoje.
Neste mundo de trabalho, exigência e seriedade, nem sempre é fácil criar relações de confiança, sobretudo quando, nos últimos 20 anos, o Jornalismo perdeu qualidade e muita seriedade. Hoje, no dia em que celebra 58 anos, falo de Nuno Melo, o político, e do que conquistou nestas eleições, e que também são fruto de uma caminhada política. Por mérito próprio.
A AD vai esta semana a Belém. E há dois deputados do CDS (Nuno Melo e Paulo Núncio) eleitos nas legislativas de 2024, levando de volta ao Parlamento um partido que se confunde com a própria democracia. Era o objetivo principal. Aconteça o que acontecer, terá no legado de liderança esse feito: reconstruir o que foi desfeito em 2022.
Em Abril irá ali a Viseu prestar contas, em Congresso, que, já o sabemos, fortalecerá a sua presidência. Não sabemos, é certo, quanto vale o CDS, sozinho. Mas que esta é uma injecção de revitalização e o gás que faltava a um partido que parecia ter desistido de si próprio, isso é inquestionável. Só o tempo dirá, se é conjuntural ou se em breve se diluirá.
Uma coisa é certa, Nuno Melo é o homem que trouxe o CDS de volta aos cuidados intermédios. Está de parabéns por isso. E também de parabéns pela vida que celebra hoje. A política é esta arte, de renovação geracional, de mudança constante, e enquanto jornalista, somos mais fortes quando, 20 anos depois, continuamos cá, a acompanhar gerações inteiras de políticos do nosso tempo.
Quem acha que devemos esconder essa experiência, está redondamente enganado. Falar abertamente do que nos faz crescer é exatamente o que devemos fazer. E nós, jornalistas, somos produto de todos quantos nos ensinam diariamente, em todas as áreas, de todas as maneiras. Esse é o crescimento natural de qualquer um de nós. E não esquecer nunca do que aprendemos no caminho. Parabéns, Nuno! A vida celebra-se hoje e sempre!
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