O silêncio como arma

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Se há coisa que Luís Montenegro já está a ser diferente é na sua estratégia de formar Governo. Ao contrário da desastrosa lista de ministros que, na última legislatura, chegou primeiro à comunicação social do que ao Presidente da República, criando logo aí uma fricção institucional, desta vez o silêncio é de ouro. E, a verdade, é que nem um nome soou cá para fora. Dia 29, o novo primeiro-ministro levará os nomes a Belém. E, na verdade, esta estratégia, num Governo teoricamente fragilizado numa maioria relativa na sua génese, tem de ser visto como algo firme e inteligente. Só assim se pode criar confiança. Obviamente que todos nós, jornalistas, temos os nossos filtros, fontes e informações. E certamente, os nomes que nos sopram não deverão falhar muito. Contudo, esta forma de gerir a informação é decisiva. Agora, e no futuro. O burburinho na Imprensa não prestigia em nada a governação, muito menos as boas decisões. Ainda mais quando falamos de um Governo que terá de negociar, quase linha a linha, no Parlamento, com todas as restantes forças políticas. Antes de começar, Luís Montenegro ganha pontos. Resta saber se o futuro será de soma ou de subtração, numa governação que será de encosto às cordas

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