Cumprir Abril, 50 anos depois!
Na semana em que o País celebra os 50 anos de Abril, Portugal vive um dos momentos mais críticos no que toca à viragem político-partidária.
Meio século de Abril é uma data mais do que simbólica, dá-nos a percepção, sobretudo os que nasceram depois da Revolução, da importância que representa a luta de todos aqueles que contribuíram para derrubar um regime opressor.
É, pois, neste contexto de 2024, em que os extremismos se agudizam, não só em Portugal, como na Europa, que importa manter presente os valores de Abril, as conquistas daqueles que, por todos nós, se sacrificaram, em nome de um País livre.
Celebramos, pois, 50 anos de desenvolvimento, progresso, paz social, direitos adquiridos. Mas também ainda muito há por fazer. As crises económicas que vivemos desde 1974 e que marcaram cada década até hoje revelam também as dificuldades que se atravessaram no caminho e que ainda hoje vivemos.
Mas a reinvenção constante é a marca deste povo, que resiste, que diz não, que não quebra.
Eu, que nasci depois da Revolução, olho para as liberdades com cuidado, sem as ter como certas, porque nestes novos tempos tecnológicos, digitais e das redes que tudo absorvem, há novos perigos e riscos que, muitas vezes, tentam apagar a memória daquilo que foi conquistado.
Que Abril se cumpra sempre, que nunca nos esqueçamos dos que sofreram às mãos da PIDE, do regime obscuro de Salazar e de todos quantos pagaram, com o corpo e o pensamento, o preço da história livre colectiva.
Bom 25 de Abril a todos e que nunca nos falte a coragem para
dizer NÃO!
*Podcast de 22 de Abril, na Antena Livre. OUVIR.
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