Um (curto) estado de graça para o Governo de Montenegro
Só um sonhador poderia achar que, de repente, com a AD, tudo o que António Costa não conseguiu seria exequível.
Foto: Antena Livre |
Há dinheiro? Há. Mas Luís Montenegro não quer dar um passo maior que a perna. E tenta ganhar tempo para apaziguar sectores profissionais que estão cansados e prometem não desistir da luta.
Junte-se a isso a incapacidade na comunicação que muitas tutelas têm demonstrado e caminhamos, a bom ritmo, para o estado de graça mais curto da história governativa deste País.
Não há almoços grátis, e uma coisa é a campanha, outra é governar. Só quem quis ser cego, podia achar que iam ser euros contados.
Vai ser muito difícil satisfazer todas as reivindicações salariais e de carreira. Mas uma coisa é certa, a revolução ainda só agora começou. E terá o seu auge no Outono, quando o Orçamento do Estado tiver de ser votado no Parlamento. A primeira, e talvez última crise, chegará aí.
Até lá, há
verão e férias. E uma silly season que não pode ser interrompida. O povo, esse,
que aguente.
*Podcast/Crónica de 6 de Maio na Antena Livre. OUVIR.
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