20 anos de Jornalismo



Não sou de datas. Minhas. Mas sou de datas dos factos. Porém, algumas marcam-nos e, mesmo que queiramos passar ao lado delas, não é possível, como é o caso. Este mês de Junho cumpro 20 anos de Jornalismo. Assinalar a data é mais do que um mero texto como este. É olhar para trás e perceber que conquistamos a experiência, o saber, o know how com os melhores que puseram no nosso caminho. É ter a certeza que o presente é hoje mais firme que no início naqueles dias de ansiedade e com medo de falhar em todas as horas. O medo de falhar nunca passou. E é bom que nunca passe, porque ele também nos ajuda a superar o desconhecido, as nossas fraquezas e fragilidades e ensina-nos, a cada dia, a buscar o melhor que podemos dar. Ser jornalista num país como Portugal não é fácil. Nunca foi. E não sei se algum dia será. Sei apenas que a profissão que escolhi há 25 anos, quando entrei na Faculdade, foi a melhor decisão que tomei na vida. Sou melhor pessoa por isso. Sou uma mulher diferente pela forma como esta profissão nos molda. Conheci e aprendi com os melhores. Muitos deles que já não estão cá para me dar a mão, para me amparar, para me dizerem coisas bonitas e também me ensinarem a fazer melhor. Não sei o amanhã. Sei o agora. E sei que, 20 anos depois, o Jornalismo é o único lugar onde quero estar. Até ele também me querer. E aconteça o que acontecer esta forma de vida é a maior riqueza da escolha que fizemos lá atrás. A todos os níveis. Que os próximos 20 sejam iguais. Já não peço mais. Obrigada a todos quantos se cruzaram no meu caminho, a todos os que me ajudaram a construir o percurso, aos que já não tenho mas vivem em mim para sempre, e aos que tenho o privilégio de ter na minha vida todos os dias, a todas as horas. Sem vocês não há história. Sem vocês, não seria quem sou. Obrigada, de coração a todos! O Jornalismo não é só uma profissão, é uma nuvem de luz que nos torna reais e só quem cá anda sabe o verdadeiro peso destas palavras.

Dedicado a todos os que fazem parte desta história comigo, desde a faculdade às cadeiras e ilhas das redações por onde passei e passo, e em especial aos que partiram, mas que continuarão a ser meus para sempre: 𝘊𝘢𝘳𝘭𝘰𝘴 𝘗𝘪𝘯𝘵𝘰 𝘊𝘰𝘦𝘭𝘩𝘰, 𝘊𝘢𝘳𝘭𝘰𝘴 𝘚𝘢𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘗𝘦𝘳𝘦𝘪𝘳𝘢, 𝘑𝘰𝘢𝘰 𝘔𝘦𝘴𝘲𝘶𝘪𝘵𝘢, 𝘛𝘰𝘳𝘤𝘢𝘵𝘰 𝘚𝘦𝘱𝘶𝘭𝘷𝘦𝘥𝘢 𝘦 𝘝𝘪𝘤𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘑𝘰𝘳𝘨𝘦 𝘚𝘪𝘭𝘷𝘢. A todos carrego com espinhos de saudade e com o amor maior que tenho, o mesmo que me deram em cada colo vosso onde me sentei e me senti pequenina e sem medo do futuro. É também por vós, todos os dias, que tento honrar o legado. 

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