Conflitos armados: o efeito "sem precedentes" nas crianças em 2024

2024 chega ao fim. Nesta última crónica do ano, podia destacar vários acontecimentos, mas quero centrar-me num que, pela magnitude da sua gravidade, merece ser falado.  

Foto: UNICEF

E os dados, revelados há poucos dias pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, a UNICEF, são já muito claros e dizem-nos que o impacto dos conflitos armados nas crianças atingiu níveis "devastadores e sem precedentes" em 2024. 

Em quase todos os indicadores, 2024 foi um dos piores anos da história da UNICEF para as crianças que vivem em zonas de conflito, tanto devido ao número de pessoas afetadas como à magnitude do impacto que estes conflitos têm nas suas vidas. 

De acordo com os dados da UNICEF, um número recorde de mais de 473 milhões de crianças vivem atualmente em zonas afetadas por conflitos, um aumento significativo nas últimas décadas. 

As crianças que vivem em zonas de guerra lutam todos os dias para sobreviver e isso rouba-lhes a infância, com escolas bombardeadas, casas destruídas e as suas famílias devastadas. 

Não só estão privadas da segurança e da possibilidade de satisfazer as suas necessidades vitais básicas, mas também da oportunidade de brincar, aprender ou desfrutar da sua infância. Não tenhamos dúvidas: o mundo está a esquecer-se destas crianças. 

É por isso que esta última crónica de 2024 é um grito em nome delas. Que a Humanidade, em 2025, pense mais nelas, e continuaremos, todos os dias, a desejar que os diversos conflitos em todo o mundo terminem. 

A todos os ouvintes da Antena Livre deixo os meus votos de um excelente Ano Novo e que nunca deixem de sonhar!

Podcast/Opinião de 30 de dezembro na Antena Livre. OUVIR

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