Legislativas 2025: uma campanha sem ideias

Valem o que valem. Mas ditaram, todos os dias, a campanha, e alguns posicionamentos dos candidatos. As sondagens perderam credibilidade nos últimos anos. Em primeiro lugar porque falharam redondamente em alguns actos eleitorais, e depois porque foram perdendo credibilidade junto da opinião pública. 

Hoje, último dia da campanha para as legislativas de 18 de maio, ilustramos este artigo com alguns recortes da imprensa que, no derradeiro dia de luta político-partidária, ainda parecem ditar o que aí vem. Duas semanas depois, a sensação com que fico é que isto não foi uma campanha, foi antes uma luta de egos, sem ideias, onde as propostas para o País ficaram na gaveta, e onde foi mais importante temas de ‘alecrim e manjerona’ do que os reais problemas dos portugueses. 



Fontes: Sol, Público e JN

Num momento em que o País atravessa uma das mais graves crises da sua Era Democrática – Habitação - não se ouviu uma palavra sobre Justiça, Educação, Segurança Social, Cultura ou Serviços Públicos. Esta foi a campanha mediática mais dramática e pobre de que me lembro. E na Era das redes sociais é assustador, porque ante as massas é o espetáculo que conta para captar votos e cliques. O algoritmo agradece e talvez por isso, uns tenham mais sucesso que outros nessa dimensão. 

No campo da cobertura mediática, uma nota também negativa para um Jornalismo que tinha obrigação de fazer mais e melhor e com mais seriedade. O foco preferiu ser em torno de questões menores e criadas pelos candidatos - o caso de André Ventura esta última semana é bem demonstrativo disto. 

Hoje, culmina o processo com as famosas arruadas finais onde se erguerão muitas bandeiras ao vento, encontrões, gritos e muita festa. O País, esse, continuará amanhã, e no dia 19 de maio, a acordar com a mesma realidade, sobretudo a mais triste: a dos que ganham salários mínimos e medianos, que não têm casa, que não têm emprego digno, que não têm médico de família, etc.

Domingo, a escolha será feita e veremos que opções fazemos. Sejam elas quais forem, a Democracia cumprir-se-á! Só há um caminho: ir votar!

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