Autárquicas 2025: a noite que devolveu a ANMP ao PSD

Crédito: Capa Público / Sapo Jornais


As autárquicas são, em muitos casos, as eleições mais complexas e imprevisíveis do sistema eleitoral português. As reviravoltas são sempre uma surpresa. A noite deste domingo provou isso mesmo. Portugal tem novas cores no mapa com o PSD a recuperar a tão desejada Associação Nacional de Municípios (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Numa noite em que (quase) todos reclamaram vitória, Luís Montenegro teve o discurso mais frio de que me lembro. Uma contradição, quando era ele quem podia realmente festejar em grande. Essa postura, a fazer parecer de Primeiro-Ministro, foi claramente propositada, numa linha de marketing que quis demonstrar que é ali (no seu partido) que os portugueses confiam. Se o conseguiu não sei, mas que foi um discurso sui generis, e intencional com uma mensagem clara, lá isso foi. De resto, o Chega (e a IL) já sabemos, vai ter muita dificuldade em crescer no território, as três câmaras conquistadas (São Vicente, Entroncamento e Albufeira) ficam aquém da euforia de André Ventura. Um Ventura que conseguiu ficar atrás do CDS-PP (que muitos também vaticinam a morte) mas que em terreno autárquico manteve o número de câmaras (7). Já o Bloco quase desaparece e a CDU ainda não pode dizer que não foi desta que a morte chegou. Em autárquicas os critérios dos eleitores são outros porque estão próximos dos eleitos há muito tempo, na maioria das vezes. E isso complica as contas de quem acha que as vitórias são favas contadas. Daqui a quatro anos, cá estaremos para nova voltinha ao País. 

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