10 anos de Acordo de Paris: a sobrevivência em jogo

Foi a 12 de dezembro de 2015 que foi adotado o Acordo de Paris. Volvida uma década, os esforços continuam a ser muitos e dolorosos.  

    Crédito da Foto: Freepik (gerada por IA)

Os países acordaram no documento que o aumento da temperatura média mundial não deveria exceder 1,5º C em relação aos níveis pré-industriais. Apesar de os progressos serem visíveis, a verdade é que as previsões continuam a ser dramáticas, sendo que algumas estimam um aumento da temperatura em 4º C. 

Tudo isto impactará nas nossas vidas e já o sentimos, um pouco por todo o Planeta: secas prolongadas, ondas de calor, ecossistemas cada vez mais danificados e eventos extremos de precipitação. 

O foco tem de ser o financiamento, o grande Calcanhar de Aquiles, essencial para estancar a destruição que as alterações climáticas estão a provocar nas nossas vidas! Além disso, os esforços globais de uma transição justa são igualmente uma prioridade que não pode ser abalada. 

Mobilizar os povos já não chega, gritos de alerta também não, é preciso que os poderes (político e económico) percebam que está também nas suas mãos uma mudança equilibrada, sustentada e progressiva. Sem isso, o horizonte é negro. 

Chega de palavras, de ilusões criativas e de compromissos vagos para o Mundo ouvir. Esgotámos a capacidade disponível e há muito que não há Planeta B. Só com uma forte ação global concertada, seremos capazes! Os EUA, liderados por Donald Trump, um dos maiores emissores globais (a par da Índia e da China) e decisivos nesta luta, abandonaram o caminho, preferindo um negacionismo ambiental inacreditável. Perante isto, é difícil acreditar que o Mundo será capaz de se entender numa urgência que devia agregar todos. 

Hoje, passam 10 anos sobre a assinatura do Acordo de Paris. Ainda iremos a tempo de nos salvar?

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