Mundial 2018: Moscovo, a rainha russa



Das 11 cidades por onde passará o campeonato mundial de futebol, a capital, Moscovo, é uma das que irá ter um dos níveis máximos de segurança. 

É incontornável começar por ela. E é aqui precisamente que começa a nossa viagem nestas duas semanas que antecedem o Mundial de Futebol 2018.

O postal turístico é conhecido de todos: desde a famigerada Praça Vermelha (com o Mausoléu de Lenine) que nos traz à memória os grandiosos desfiles militares do tempo da URSS, à Catedral de São Basílio, onde povoam estórias dos czares, às ruas da cidade, onde alguns dos maiores escritores de todos os tempos se emaranharam nas suas canções poéticas, passando pelas inúmeras igrejas ortodoxas e acabando nas mais soberbas estações de metro, Moscovo é uma (ou “a”, como preferirem) capital do Mundo.



A capital russa foi-se abrindo ao mundo nas últimas duas décadas. Cidade tradicional dos czares, marcada por uma contínua imponência secular e arquitetonicamente moldada à imagem de décadas de comunismo, Moscovo já não é a mesma, se olharmos para o fim dos anos 80 ou até mesmo para os anos 90. 

Está a virar a agulha, abrindo-se à modernidade sem esquecer as suas marcas históricas incontornáveis.

O Pushkin

Entre tantos museus, destacamos o Pushkin, o museu estatal de Belas Artes e o segundo mais importante da Rússia (depois do Hermitage de São Petersburgo). 



Inaugurado em 1912, aqui é possível ao público contemplar as coleções maravilhosas de Ivan Morozov e Sergei Shchukin confiscadas pelos sovietes. 

Conta com mais de 500 000 obras de arte (desde a Antiguidade até aos nossos dias) e com múmias egípcias, sarcófagos, vasos romanos, esculturas gregas, manuscritos medievais e pinturas dos séculos XVI ao XX de artistas como Botticelli, Rembrandt, Monet, Renoir, Picasso, Van Gogh ou Matisse. Saiba mais aqui

O soberbo Metropolitano

Conhecido por Palácio Subterrâneo, o Metropolitano de Moscovo é único no mundo, pela beleza que encerra com murais, mosaicos e lustres ornados. Inaugurado em 1935 é um dos grandes esplendores da cidade, utilizado diariamente por mais de oito milhões de pessoas.





Entre as inúmeras estações, destacamos a Ploshchad Revolyutsy, com um pavimento em mármore encarnado e 36 estátuas de bronze de revolucionários; a Kievskaya, com mosaicos coloridos que glorificam os camponeses da Ucrânica; ou a Mayakovskaya, com 36 painéis no teto e mármore preto e encarnado, onde foi apresentada uma coleção da Givenchy. 

É a sumptuosidade em pormenores inesquecíveis. Saiba mais aqui.

Stalin’s Seven Sister’s (As sete irmãs)

Um complexo de sete edifícios, que pode ser visto praticamente de qualquer parte da cidade. Foram construídos a pedido de Estaline, para a comemoração dos 80 anos do regime comunista.


Atualmente, cada um deles possui uma ocupação diferente, com hotel universidade, residências e outros serviços.

Parque Gorky

Foi criado em 1928, a partir da junção dos jardins do Hospital Golitsyn e do Palácio Neskuchny.




Encontra-se margem do amado rio Moskva e possui parques, feiras e áreas para caminhadas, entre outras atrações. 

O parque foi o local escolhido para integrar um dos êxitos mais conhecidos da banda alemã Scorpions, no famoso Wind of Change. 



Gravada pela primeira vez em 1990, faz parte do álbum Crazy World, e foi escrita pelo vocalista Klaus Meine, que se inspirou nas mudanças que atingiam a Europa nesses idos tempos. 

O fim da Guerra Fria, da antiga URSS e a queda do Muro de Berlim são a mensagem maior da canção.

Mausoléu de Lenine

É um dos lugares mais sombrios (para mim) de Moscovo. Localizado na Praça Vermelha, é aqui que se encontram os restos mortais embalsamados de Lenine.





A Rua Arbat

A rua Arbat é uma espécie de Ramblas de Barcelona e Mercado de São Miguel, em Madrid. Não se pode ir a Moscovo sem deixar de a visitar.



Foi originalmente ocupada por comerciantes orientais, sendo que hoje abriga uma grande comunidade artística, restaurantes, bares, lojas e cafés. 

É nesta rua que pode visitar a famosa casa de Alexander Pushkin, um dos maiores poetas russos.

Mosteiro de Danilov 

É um dos meus preferidos. O Mosteiro Danilov, situado nas margens do Moskva, foi o primeiro a ser fundado na cidade de Moscovo, em 1282. 



Funcionava como defesa da cidade para o exterior, mas também já serviu como fábrica e centro de detenção durante o período soviético. 

Atualmente representa o papel da Igreja moderna (Ortodoxa) na Rússia e funciona como local de peregrinação e atração turística.

Teatro Bolshoi

Inaugurado em 1825, é a casa maior do ballet e bailado russos.Daqui saíram para todo o mundo clássicos como o “Lago dos Cisnes”, “Quebra-Nozes”, “A Bela Adormecida” ou “Romeu e Julieta”. Saiba mais aqui.



Gastronomia

Viajar é saborear, é provar outras culturas. Na Rússia, e em Moscovo, em particular, não é exceção. 

Iremos deixar alguns dos pratos mais conhecidos  para quem irá assistir aos jogos do Mundial na capital:

- O Borsch: é uma sopa muito famosa na Rússia e feita à base de beterraba e creme de leite. Pode ser servida quente ou fria. Continua a ser um dos pratos mais eficazes para combater o frio siberiano;



- A Solianka: cozinhado com legumes e hortaliças, leva pepino e repolho, pequenos pedaços de vitela e azeitonas. É um dos pratos mais pedidos pelos turistas na capital russa;

- O Caviar: é um dos pratos-estrela da gastronomia russa. Há imensas variedades. Destacamos os blini de caviar, acompanhados por nata azeda e um trago de vodka gelado que costuma fazer as delícias de quem o prova;

- As batatas recheadas (“kartoshka”) também são muito consumidas. É uma opção mais barata e é vendida muitas vezes em barraquinhas que estão localizadas nos pontos turísticos.

- Zakuski: típicos petiscos russos. Originalmente eram entradas que acompanhavam o trago de vodka. Salientam-se o pão de centeio, os pepinos e os cogumelos em conserva, o queijo feta condimentado, os ovos recheados e os fumados e salmoura de peixe (especialmente de arenque, esturjão ou bacalhau).

- O golubtsi: é basicamente uma folha de repolho recheada com uma mistura de arroz e carne de bovino, porco ou cordeiro. O molho a acompanhar costuma ser de tomate.

- No campo das sobremesas destacamos o tulski prianik (uma bolacha frita recheada de mel ou leite condensado), o ptichye moloko (um bolo de merengue e chocolate), e o pastel de Praga (biscoito ensopado em rum com várias camadas de creme).

- Vodka: é a bebida por excelência, mesmo para as refeições. Ninguém a dispensa no país dos  antigos czares. 



A nossa primeira viagem pela capital russa termina aqui. Muito mais havia por dizer, mas julgamos ter dado os principais motivos de visita e opções para quem, por este mês, tiver no roteiro o campeonato mundial de futebol.  Deixamos um pequeno vídeo sobre Moscovo para complementar esta viagem que, sem dúvida, vale a pena. 



Próximo destino do Platonismo: Kazán

Agradecimento: Agência de Turismo da Federação Russa.

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