Personalidade política do ano. José Sócrates.
E a Figura do Ano do Platonismo Político é...José Sócrates. O antigo primeiro-ministro marcou, definitivamente, o ano político nacional. Primeiro, porque a orientação da política dos seus governos acabou por ser o último passo para o pedido de ajuda externa - tardio - do país. Depois, porque claramente foi José Sócrates o homem que segurou as pontas no último e derradeiro momento e evitou que a Nação declarasse bancarrota. Sempre fui muito crítica da acção governativa socrática. Muitos erros se cometeram, mas também outras decisões foram tomadas de forma séria. O avanço das grandes obras públicas, a negação do défice, o aumento da despesa, a criação de institutos e poleiros para os «caciques» partidários, a omissão das contas e a criação de programas na área da Educação e da Saúde que não resultaram em nada e apenas serviram para gastar o dinheiro dos contribuintes. Porém, também houve apostas positivas. A aposta nas renováveis foi uma delas, o combate a alguns corporativismos em sectores fulcrais da sociedade portuguesa, como a Justiça e a Educação, e até mesmo a melhoria das relações externas foram algumas das áreas onde o «socratismo» venceu. José Sócrates não é, de longe, o melhor primeiro-ministro que a Era Democrática teve. Seguramente teremos dificuldade em escolher o melhor. Mas, para o bom e para o mau, é ele a nossa escolha.
Comentários
As intenções podiam ser boas, mas a concretização... pela Santa, pior era muito difícil.
mas contra o governo golpista das honduras não se ouve uma voz.