Um ano de Governo com o fantasma da Troika.



Foi a 21 de Junho de 2011.O dia marca no calendário a tomada de posse do Governo presidido por Pedro Passos Coelho. Um ano depois, e em tempo de febre de futebol, ninguém dá pela data, mesmo quando nas notícias a imprensa faz questão de a assinalar.

Um ano depois, que país temos? Já o sabemos. A austeridade, o aumento de impostos, o corte de subsídios na função pública, os despedimentos e o desemprego são as marcas mais visíveis da política implementada pelo actual Governo. Uma política que tem a assinatura da Troika que nos empresta o dinheiro que pretende evitar a bancarrota.

Na hora do balanço, Pedro Passos Coelho e os seus ministros continuam firmes na defesa da redução do défice público. Continuam a dizer que estes sacrifícios vao valer a pena e que, depois da tempestade, a bonança virá.

Não sabemos se assim será. Sabemos apenas que Portugal está mais pobre, que o fosso entre ricos e pobres continua a ser o mesmo, que a Justiça só funciona para a franja mais elevada da sociedade e que os deveres são apenas imputadas a uma classe média depenada.

O balanço deste ano de governo de direita deve ser dos mais negros da história da democracia portuguesa. Não tem uma única coisa boa. Excepção feita às exportações nacionais, o único indicador que vai animando, aqui e ali, uma economia depenada.

Veremos até onde aguenta este país. Um país manso, que tudo aguenta sem aparentes revoluções sociais. E se há algo que Pedro Passos Coelho tem de agradecer é a este povo, que lhe tem facilitado a vida no último ano, sem incêndios nas ruas nem protestos de maior. É o povo português o grande herói desta política. Veremos até quando.


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