Síria: o sangrento grito do povo mártir



Dezenas de mortos. Mulheres, crianças e homens. Este sábado, a Síria, voltou a ser alvo de um ataque com alegadas armas químicas.

As imagens que nos chegam corroem, matam e deixam-nos a todos, reféns de uma Humanidade sem futuro.

O mundo persiste num silêncio assustador e na Síria matam-se seres humanos de todas as maneiras, sem medo, apenas e só com um objetivo: exterminar um povo.

O problema continua a chamar-se Bashar al-Assad a quem Donald Trump chamou de «animal» este domingo na sequência do ataque.

Mas o animal não é apenas o presidente Sírio, são os responsáveis russos, americanos, turcos e iranianos. É a comunidade internacional que consegue ir mais longe do que sucessivos discursos sem efeito, que não saem apenas daquelas folhas de papel envergonhadas e manchadas pelo sangue dos inocentes.

Animais são todos aqueles que guerreiam por um território, repleto de terroristas e facções religiosas extremistas, que impiedosamente matam civis e dão cabo de uma população inteira.

O mundo, esse, continua sereno, a assistir a tudo, lá longe, onde não se ouvem as bombas, as granadas nem sequer os choros daqueles que morrem em nome de nada.

Não é a primeira nem será, decerto, a última vez, que falo da Síria neste espaço de opinião. 

No entanto, enquanto a voz me permitir, não desistirei um só dia, um só segundo, de evocar o silêncio dos inocentes, daqueles a quem calam a voz com balas de ódio.

*Crónica desta segunda-feira, 16 de abril, na Antena Livre, 89.7 Abrantes. OUVIR

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