Portugal: 40 anos de adesão à União Europeia

 🔖 «𝘘𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘥𝘪𝘢 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘯𝘢𝘭𝘢𝘳 𝘯𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘢 𝘊𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘌𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘪𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘵𝘢 𝘥𝘦 𝘣𝘰𝘮 𝘢𝘶𝘨𝘶́𝘳𝘪𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘧𝘶𝘵𝘶𝘳𝘰 𝘦𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘶, 𝘶𝘮 𝘧𝘶𝘵𝘶𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘫𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘴𝘰𝘭𝘪𝘥𝘢́𝘳𝘪𝘰 𝘦 𝘥𝘦 𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘤𝘢𝘱𝘢𝘻 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘱𝘪𝘤𝘪𝘢𝘳 𝘢𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘷𝘰𝘴 𝘥𝘢𝘴 𝘊𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘦𝘴𝘴𝘰 𝘦 𝘫𝘶𝘴𝘵𝘪𝘤̧𝘢 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘢𝘭 𝘦 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘶𝘮 𝘧𝘢𝘵𝘰𝘳 𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘻 𝘦 𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘣𝘪𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘯𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘶𝘳𝘣𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴». Mário Soares, Mosteiro dos Jerónimos, 12 de junho de 1985. 

Direitos de Autor: Arquivo Isabel Soares

A 12 de junho de 1985, Portugal assinava o Tratado de Adesão à então designada Comunidade Europeia. A imagem de Mário Soares, no Mosteiro dos Jerónimos, a assinar aquele documento que viria a ser estruturante, é um símbolo do projeto europeu de que Portugal faz parte. Faz hoje 40 anos. A construção europeia fez o seu caminho, com altos e baixos, avanços e recuos, e em 2025 atravessa, provavelmente, um dos momentos mais desafiantes da sua história. 

Com uma guerra em curso na Ucrânia, desafios no comércio global, o tema da imigração e um peso cada vez menor no tabuleiro da geopolítica mundial, a UE tem mesmo de repensar a sua vida e ponderar seriamente nas escolhas do presente e futuro. Pese embora todos os espinhos, não tenho dúvida de que o projeto europeu só pode ganhar força se os seus Estados-membros souberem dar-lhe os ímpetos certo e que, em parte, são os mesmos que conduziram à sua fundação, em 1951, e num contexto de necessidade de paz duradoura num pós-guerra traumático. 

Hoje, 40 anos depois, é um dia em que Portugal deve orgulhar-se de pertencer a uma UE que se fundou na paz e no humanismo, nos valores dos direitos humanos, da democracia e do Estado de direito. Que saibamos honrar essa construção europeia, tão debilitada na última década!