Autárquicas 2025: as campanhas já não são o que eram e a propaganda também não

 

Crédito da Foto: Platonismo Político

A 12 de outubro, Portugal volta às urnas para eleger os órgãos municipais. A três semanas da eleição, e olhando para a comunicação dos partidos, percebemos que muito mudou na forma como os candidatos e as máquinas partidárias chegam às pessoas. 

Os velhinhos cartazes – que tanto ruído criavam nas ruas e avenidas deste País – parecem ser uma miragem, se pensarmos em campanhas de há 20 ou 30 anos. Nos últimos dias, as máquinas olearam mais e começam a aparecer, de norte a sul, os famosos cartazes, seja nas clássicas rotundas, nas grandes avenidas de cada cidade em tamanho XL seja nos postes quando se trata de localidades mais pequenas. 

Hoje, a caça ao voto faz-se no novo palco que capta milhares (ou milhões): as redes sociais. O mesmo onde prolifera a desinformação, as fake news e onde o clique e o algoritmo fazem metade do trabalho dos partidos. Não sabemos o efeito que isto tem nas decisões dos eleitores, mas sabemos que, pelo menos, nas camadas mais jovens, terá, seguramente, impacto. 

Quanto às ruas, olhando para os velhinhos cartazes, quase que percebemos que, dentro de anos, serão passado, e apenas figurarão nas folhas da História que contará a evolução também da propaganda e da comunicação políticas do início do século (XXI). 

Apesar desta nova forma de comunicar, pedimos apenas que em dezembro não tenhamos de continuar a fazer rotundas com cartazes de setembro escancarados e amarelados pelo efeito do clima, e a provocarem ruído visual em cada cidade deste País. De uma vez por todas, façam esse mísero favor aos portugueses!

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