Um ano depois...que Obama têm os EUA e o Mundo?


Faz hoje um ano que Barack Obama tomou posse como o 44.º presidente dos EUA. Designado como «Presidente de todos», a dúvida que se coloca é se Obama continua a fazer o povo americano sonhar ou se o Nobel da Paz tem desiludido?
Segundo as sondagens feitas em terras de «tio Sam», após um ano de mandato, os eleitores estão desiludidos com Obama. A taxa de popularidade actual baixou 20 pontos desde Janeiro do ano passado, em grande parte devido ao aumento do desemprego e ao polémico programa de Saúde nacional que Obama diz ser a sua prioridade número um.
Os salários e prémios dos funcionários da indústria financeira também causam inquietação, sendo opinião geral que Obama não foi suficientemente duro com a banca. No estrangeiro Obama brilhou em 2009 - a sua imagem de galardoado com o Prémio Nobel da Paz contrasta vivamente com a do seu antecessor na Casa Branca, Bush.
Todavia, os resultados concretos são poucos: Israel continua a construir colonatos e a dificultar o processo de paz; o Irão não cede a pressões internacionais; a Rússia continua distante e a China ainda não lhe abriu os braços.
Além disso, há ainda o osso duro de roer chamado Guantanamo, que Obama ainda não conseguiu encerrar. Porém, tenciona retirar as suas tropas do Iraque este ano e vai começar a sair do Afeganistão no ano que vem.
Há 12 meses Obama foi eleito numa onda de optimismo e de mudança. Um ano depois, já todos perceberam que não se fazem milagres. Vamos ver do que ele ainda é capaz!

Comentários

Pois, Clara.

De facto, a popularidade de Obama dentro das suas fronteiras tem vindo a descer. Mas por motivos que, em grande parte, eu não consigo compreender.

1. A crise económica nos EUA não tem sido assim tão má como se aguardava e, mesmo que fosse, tinha sido resultado dsa especulação bolsista que nos EUA ninguém faz muita intenção de controlar;

2. O programa de saúde de Obama foi uma das sua bandeiras de campanha eleitoral. O mundo parou quando o ouviu falar de tal sistema para a América e os americanos sabiam em quem votavam. Não estariam já eles à espera?

3. Quanto aos salários e prémios, aí sim, Obama desviou-se ligeiramente do que defendeu durante a campanha;

4. O multilateralismo de Obama contrastou com o unilateralismo coercivo de Bush, assim como a sua luta contra a disseminação de armas de destruição em massa, só que os resultados não são assim tão imediatos; a diplomacia não é como a guerra - precisa do seu tempo.

5. Israel continua, de facto, a construir colonatos; no entanto, pela 1ª vez desde que me lembro, os EUA têm sido bastante críticos com algumas políticas daqueles aliados de sempre; a tradição era andar com os isrealitas ao colo (e continuam a andar), só que lhes têm dado uns puxões de orelhas;

6. O Irão continu a ser caso bicudo e nem que um pacifista absoluto fosse para a Casa Branca, conseguia mudar essa situação. Eles tentam, mas o Irão não cede;

7. A Rússia está mais próxima dos EUA, nem que seja na luta contra o terrorismo e em algumas parcerias feitas desde o "reset" de Hillary Clinton;

8. A China lá continua o caminho dela, sem ligar muito a ninguém, violando a privacidade e os direitos dos seus cidadãos, enquanto os EUA não põem muito o dedo na ferida dos Direitos Humanos, porque têm o rabo trilhado com a sua dívida externa e porque por muito boa vontade, enquanto o regime comunista subsistir, só o poderá fazer daquela maneira.

De facto, Obama não é Jesus Cristo para fazer milagres, mas tem-se esforçado para mudar algumas coisas e, para mim, com bastante mérito.
Ana Clara disse…
Faz o que pode, não é? Mas às vezes parece que a montanha pariu um rato... :)
De facto... O problema é que a tomada de decião política, ainda mais num país como os Estados Unidos, não é assim tão linear e há muitos factores que desconhecemos. Faz-se o que se pode, às vezes...

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