Rejeitar o passado e não ter margem para escrever o futuro. Eis o destino de Seguro.

Ignorar o passado recente é, na opinião do Platonismo, um dos erros que António José Seguro está a cometer e a bom ritmo. 
A governação socrática, sabemos, não foi honrosa, mas Sócrates deu alento a um partido, uniu-o, fê-lo acreditar que era possível. E isso, há muito que não se via para os lados do Largo do Rato. Refém de um Memorando, Seguro tem pouca margem para ser «firme», como diz hoje ao Expresso, e fazer um caminho próprio. Tem o mesmo destino de Pedro Passos Coelho. Com consequências, obviamente, distintas, para ambos.E Sócrates, sentado numa esplanada em Paris, deve, por estes últimos meses, ter sorrido muito porque renegar o seu legado, é colocar o PS na mesma gaveta de onde Sócrates resgatou o socialismo (mesmo que lhe tenha chamado 'esquerda moderna').

Comentários

João Pico disse…
Unir o azeite na água é tarefa impossível. O primeiro acaba sempre por vir ao de cima... E esqueceu o mais importante, Sócrates não uniu: pagou uma união com metade da nossa actual dívida pública, fora a ajuda da troika. Seguro não tem, nem nunca irá ter esse dinheiro nas mãos. É esse o problema no PS...!
Ana Clara disse…
Contudo, o socialismo de gaveta do PS merecia ter sido mais resgatado. A globalização ideológica é essencial mas acho que também teria sido possível sem a morte certa.

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