Rejeitar o passado e não ter margem para escrever o futuro. Eis o destino de Seguro.
Ignorar o passado recente é, na opinião do Platonismo, um dos erros que
António José Seguro está a cometer e a bom ritmo.
A governação
socrática, sabemos, não foi honrosa, mas Sócrates deu alento a um
partido, uniu-o, fê-lo acreditar que era
possível. E isso, há muito que não se via para os lados do Largo do
Rato. Refém de um Memorando, Seguro tem pouca margem para ser «firme»,
como diz hoje ao Expresso, e fazer um caminho próprio. Tem o mesmo
destino de Pedro Passos Coelho. Com consequências, obviamente, distintas, para ambos.E Sócrates, sentado numa esplanada em
Paris, deve, por estes últimos meses, ter sorrido muito porque renegar o
seu legado, é colocar o PS na mesma gaveta de onde Sócrates resgatou o
socialismo (mesmo que lhe tenha chamado 'esquerda moderna').
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