Rua com a podridão.
O 15 de Agosto promete ser um feriado sossegadinho para quem está de férias. Já para quem está em Lisboa e a trabalhar os trabalhadores da Carris, Metro e CP continuam a brincar. Coitadinhos, em greve contra as horas extraordinárias, que se recusam a cumprir, vão fazer novamente a vida negra a quem precisa de se deslocar para trabalhar. Estes meninos(as) haviam de trabalhar no privado, durante anos, sem subsídios, sem horários (e com mais de 11 e 12 horas de trabalho por dia) e a recibo verde. Aí é que eu os queria ver a cantar assim. Que sejam todos privatizados. Ou aceitam as regras ou rua! Por estas e por outras é que isto bateu no fundo. A questão dos direitos adquiridos começa a incomodar-me de uma maneira...
Comentários
todos na merda é que é lindo, enquanto a finança e os do costume saqueiam tudo e os privados apesar de tantas leis laborais do seu lado, dos recibos verdes e das 10-12 horas diárias, nunca conseguiram descolar na batalha da produção e gerar PIB que se visse.
bem vindos ao mundo dos escravocratas, sem férias, sem empregos, sem reformas, futuro,
os 13 e 14 têm a ver com o diferencial salarial em relação à europa e justamente com o modo de cálculo dos pagamentos nesses países que permite reequilibrar os dias a mais alé dos 22 que realmente são pagos.feitos.
a dispersão de pagamentos em forma dee subsídios de turnos , etc. foi modo de não aumentar salários. tem o efeito contabilístico e administrativos de poder ser reportado noutros sítios dos balanços. dá mais jeito às empresas e os trabalhadores aceitam pois acreditam que sempre
e melhor que entre dinheiro por via subsídio em vez de de não entrar nenhum via aumento. claro que depois conheço quem tenha 60 por cento do vencimento pago em subsídios, o que dói quando se calculam despedimentos e desempregos, por exemplo.
quanto ao transporte público é impossível fazer serviço público sem prejuízo. ou os bilhetes custam o valor real (e milhares de pessoas deixam de poder comprar o passe social para ir trabalhar com conseuqências no PIB) ou o estado
transfere verbas para as transportadores.
se uma empresa precisa de mais horas de trabalho, então que as pague uma vez que essas horas serão convertidas em lucros. ou paga em horas extraordinárias a quem já lá está e que assim fica sobrecarregado ou contrata mais gente se existe trabalho para outra pessoa. trabalhar à borla teria acabado com o fim da escravatura. infelizmnte, há quem feche os olhos aos lucros da banca e ao prejuízo da indústria e prefira explorar quem trabalha e atirar a responsabilidade da situação para os rotos, nus e descamisados em vez de atirar aos que não páram de ter lucros.
Nuno Crz
Ainda o argumento das 12 horas. Numa transportadora, em que os comboios têm horários a cumprir e os tipos das bilheteiras e da navegação também. Não faz sentido que se entre em sobre-hora. Não há mais comboios que aqueles e aquelas horas. Se se tem por sistema de dar mais horas à casa, alguma coisa vai mal na gestão.