Sintra - austeridade é sinónimo de obra.



Como o país anda distraído da delapidação que vai por aí, Platonismo recorda a notícia que nos chega de Sintra. A Câmara liderada por Fernando Seara vai avançar com a construção de uma ponte entre Queluz e Amadora, com um custo de 600 mil euros. Um dos objectivos da obra, destaca o edil, visa colocar um fim às dificuldades dos moradores no acesso ao IC19. Entendemos que as pessoas são sempre as mais importantes, mas uma ponte em tempo das vacas que já não têm o que comer, é, no mínimo estranho.E a forma como se diz que a necessidade obrigou a recorrer ao ajuste directo por uma questão de celeridade é preocupante. Seara foi muito claro: «se fôssemos para concurso público a obra só estaria pronta daqui por dois anos». Pois é, as obras neste país parece estarem no sangue dos autarcas e dos restantes governantes. Onde anda o aperto à administração local? Porque se continua a permitir a violação de leis que a tal «austeridade» e a Troika impuseram? O Estado perde a moralidade para exigir o que quer que seja quando ele próprio faz o contrário do que pede. É por isso que o poder local neste país se tornou no cancro que conhecemos. É por isso que é missão impossível pôr muitos edis na ordem.

Comentários

João Pico disse…
Esta informação é defeituosa, deturpadora e paradigmática do que se vem intoxicando a população com mera propaganda.

Nada do que escreveu é verdadeiro e sério. Culpa das fontes ou da impreparação na recolha.

A ponte ruiu há uns meses atrás. Era uma ponte dos tempos do D. João V, do Marquês ou da D. Maria I. Nunca poderia servir às urbanizações da Amadora e de Queluz ou de Belas. Todos os autarcas a abeirarem-se do limite dos 12anos de mandatos tinham a obrigação de terem já em projecto ou mesmo construída uma ponte alternativa. NADA FIZERAM! Nem o Sr. Raposo da Amadora, nem o Sr. Seara de Sintra. Tiveram que ver a derrocada da ponte há meses interdita ao trânsito para avançarem agora à pressa e com um projecto acelerado e mal delineado pela certa.

Ao contrário que a Ana Clara dá a entender este é uym processo miserável, triste e pouco abonatório do poder local que fomos "condenados" a ter.
Lamento não poder ser simpático consigo. "Amicus Plato", sabe o que significa?!
Bruno disse…
A mensagem podia ter um pouco mais de informação menos opinião, não digo que esteja contra a opinião expressa.

O comentário de João Pico dá umas achegas.

Agora falta alguém que realmente junte tudo e divulgue mais umas informações, tipo:

- A quem foi adjudicada a obra;
- prazo de execução;
- qual a ponte que ruiu, e o que se passou para ter chegado ao ponto de desabamento;

Informação. Com informação mais completa fazem-se melhores juízos.
Ana Clara disse…
Agradeço a informação que só pode ajudar a perceber melhor a coisa. As informações que tinha, ainda que incompletas, eram as que disponibilizei. Mas esta casa é aberta ao debate e contribuição de todos. Só assim, nos podemos aproximar da verdade*
João Pico disse…
A ponte está localizada nos velhos limites do Palácio de Queluz no topo norte e vinha fazendo a passagem entre Amadora e Queluz, ali ao lado do Cinema Lido da Amadora e junto aos Bombeiros do lado de Queluz. Trata-se uma ponte em arco toda feita em pedra, tipo "romana". Nos últimos 20 anos cresceu todo o Bairro das Quintelas do lado de Queluz, cerca de mil fogos e consolidou-se o Bairro Janeiro e a Venteira do lado da Amadora. Com o IC 19 veio a rotunda e nó do Hospital Amadora Sintra. Quase todo esse trânsito acabava por atravessar a velha ponte sobre a Ribeira de Carenque. Toda a gente percebia que aquela ponte não podia suportar tanto tráfego. O mínimo que se podia esperar de autarcas sérios e competentes, era preparar um projecto e lançar atempadamente o concurso para a construção dessa ponte. Isto não era agora, mas sim há 20 anos, quando começou a ganhar forma outras construções em Massamá, Queluz, Belas e Agualva Cacém. Muitos desses moradores passavam por aí. Cerca de 500 mil habitantes. O Regimento de Comandos esteve ali ao lado, até há bem pouco tempo.

Claro que o convite foi para uma firma mais "amiga". O prazo para quando calhar. E o preço acima do razoável. É sempre assim.

Porém, há muitos anos que as dezenas de técnicos que existem e abundam pelas duas autarquias sabiam da fragilidade da ponte. Saltava a olhos vistos!

Só um cego não via isso. E Fernando seara não é invisual. Sabe sempre ver quando é penalti a favor do Benfica...!!!
Anónimo disse…
João Pico, eu sou do benfica e vou mais longe. Seabra sabe sempre ver penalti a favor do benfica mesmo quando não é penalti a favor do benfica, de tão honesto que é.

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