Abrantes. «Uma terra com os azeites».


No passado fim-de-semana, Abrantes assumiu-se como uma «terra com os azeites». O mote para o II Encontro Ibérico do Azeite estava dado. Nos últimos três dias técnicos, entidades, associações, especialistas nacionais e espanhóis, associaram-se em torno do ouro líquido que esta terra conhece e produz há muitos anos. Tive a oportunidade de lá estar, em trabalho. Mas mais do que relatar o que no Cineteatro de São Pedro se reflectiu e o que se mostrou no Fórum do Azeite, a verdade é que felicito a câmara municipal e a Comissão Organizadora do evento por apostarem na dinamização de uma fileira que tanto pode dar à região e ao país. O concelho, como é sabido, tem a sua história associada à do azeite. No actual momento que o país atravessa deixar cair o investimento, o apoio às empresas e à promoção do sector seria um erro. Um sector que em 2011 viu o seu saldo comercial passar a terreno positivo, fruto do crescimento do mercado nacional, não só em produção como em consumo. Um mercado que oferece grandes possibilidades de incremento exportador em novos países consumidores, como os EUA e o Brasil. Contudo, como a própria fileira reconheceu no passado fim-de-semana em Abrantes, é preciso apostar em novos mercados em novas portas de entrada, para que Portugal não fique unicamente dependente de um só mercado. Abrantes pode e tem de ajudar a contribuir para a consolidação do sector do azeite. Aqui há a história do passado que nos dá nome, mas há igualmente no presente empresas que ajudam na produção, consumo e na internacionalização. Só assim podemos melhorar o défice, criar empregos e potenciar a competitividade da economia local. Deixo os meus sinceros parabéns, em nome pessoal, a todos os que se envolveram na organização do II Encontro Ibérico do Azeite. Só assim é possível contribuir para um país mais rico e próspero.

Crónica de 25 de Fevereiro, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. 

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