Platonismo apresenta...





Esta é uma exposição que retrata a Lisboa dos anos 40 do século XX. Uma cidade que se revelou uma luz de esperança para milhões de pessoas, à medida que as tropas de Hitler avançavam para Ocidente. A capital do reino, neutral, simbolizava a última fronteira para aqueles que fugiam à guerra e queriam chegar ao outro lado do Atlântico. Uma cidade atrasada é, certo, vítima do regime do Estado Novo mas, ao mesmo tempo, uma capital cosmopolita que mantinha a sua vida social, económica e cultural. A Exposição do Mundo Português (1940) foi o momento alto desse tempo em que a Europa vivia um dos piores dramas do século XX. As estações de correios (ponte de encontro de milhares de refugiados), os cafés da Baixa Pombalina, os teatros, os cinemas, mas também a espionagem, a imprensa e a rádio, tudo isto é retratado naquela que é uma das exposições mais gloriosas que já vi: «A última fronteira: Lisboa em tempo de Guerra». Está patente até 15 de Dezembro no Torreão Poente do Terreiro do Paço (Lisboa).«Toda esta gente parou aqui, onde começam as ondas do mar». A frase de Milos Tsrnhanski, citada pelo Comissariado da exposição, e ilustra bem a época conturbada que se vivia numa Europa tomada pela Alemanha nazi e cujos efeitos também se fizeram sentir neste canto ibérico, onde dominou durante algum tempos as sombras da guerra. Inspirada na obra «Lisboa, uma Cidade em Tempos de Guerra», publicada em 2012, da autoria de Margarida Magalhães Ramalho, fica a recomendação Platónica. 

Nota: 
Apresentamos, de seguida, uma viagem, resumida, por esta Lisboa em tempos de guerra.

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