Imigração ilegal. Um problema europeu e não apenas italiano.
Todos
os dias sabemos que há mais uma embarcação que naufraga. Todos os dias centenas
de pessoas, à procura de uma vida melhor na Europa, tentam a sua sorte, em
embarcações que, muitas vezes, têm o destino da morte traçado. A
imigração ilegal que tem assolado o velho continente nos últimos anos é um
problema europeu, e não apenas italiano, ao contrário do que disse uma
responsável da Comissão Europeia, na semana passada. Este domingo a tragédia
assumiu outros contornos. Setecentos. Sim, 700. É o número de pessoas
desaparecidas no Mediterrâneo depois de uma embarcação onde viajavam com destino a Itália ter naufragado
a 60 milhas da costa da Líbia. O mais dramático é que o movimento não
vai parar. As guerras civis em África, o ébola ou simplesmente o sonho de uma
vida digna a norte no mapa mundi, são razões mais do que suficientes para
qualquer um daqueles seres partirem correndo riscos terríveis, e que só a
condição humana é capaz de suportar. O que faremos com estas pessoas? Como as
integraremos? Que futuro dar-lhes? São perguntas para as quais não há
respostas, por ora. E o mais chocante é ver que a Itália está, também por
agora, sozinha na luta, contando apenas com ajudas de ONG’s e algumas tropas
europeias. A União Europeia não pode lavar as mãos do problema, assim de forma
frívola e vil. Porque todos nós, europeus, temos a responsabilidade de ajudar a
dar resposta a este drama humanitário e social.
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