Fogos: donativos à solta


Portugal é um país solidário. Sempre foi. Nos momentos mais dramáticos, os portugueses unem-se, ajudam como podem, contribuem com o que têm.

É por isso lamentável que a Pedrogao Grande ainda não tenha chegado um único cêntimo dos donativos privados angariados após a catástrofe.

Por se tratar de iniciativas espontâneas, da sociedade civil, ainda mais estranho é, já que a gestão e supervisão destas ações devia ser exímia.

Afinal, os milhões doados pelos portugueses andam à solta e ainda não chegaram ao destino e a quem mais precisa.

É também por isto que a palavra e a ação ficam, em muito, desacreditadas.

Quanto aos apoios públicos sabemos bem que, no terreno, também o auxílio corre a conta gotas.

Não se aprendeu nada com mais de 60 mortos depois. Nem na gestão, nem na prevenção, nem no combate e muito menos na ajuda.

Entretanto, as gentes que perderam familiares e amigos, que viram arder tudo o que tinham, continuam lá, abandonados à sua sorte e em suspenso, à espera de um país que continua a falhar redondamente

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