Portugalidade: Vinhais, ‘capital do Fumeiro’
O concelho conta com cerca de 9000 habitantes em 26 freguesias, onde a agricultura, natureza e gastronomia são áreas em destaque.
Em Vinhais não faltam locais
históricos e culturais para visitar.
Cultura
Uma das visitas obrigatórias é o Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais. Alojado no antigo Solar dos Condes de Vinhais, datado do século XVIII, possui biblioteca, espaço internet, capela, teatro e cafetaria, propondo uma agenda cultural variada e diversas exposições temporárias.
Na Sala Pintada – Jorge Lima Barreto, uma coleção permanente de pinturas de António Palolo permite conhecer algumas obras deste artista contemporâneo português.
Como uma janela aberta para a natureza, destacamos também o Centro de Interpretação da Natureza, alojado numa casa senhorial de estilo palaciano, construída sobre os muros que em tempos defendiam o Castelo de Vinhais. Aqui pode ficar a conhecer aspetos da história local e algumas espécies da fauna e flora caraterísticas da região que, pela sua riqueza, especificidade e beleza se encontra, desde finais dos anos 70, salvaguardada e constitui uma das maiores áreas naturais protegidas de Portugal – o Parque Natural de Montesinho. Este edifício alberga também uma loja de artesanato local.
Há
ainda o Centro Interpretativo das Raças Autóctones, composto por um espaço de exposição de longa
duração e um espaço para realização de atividades de carácter pedagógico aqui
se pode observar um conjunto de animais, em tamanho real, representativos das
55 raças autóctones portuguesas, construídas manualmente e pintadas de forma a
evidenciar as suas caraterísticas fenotípicas.
O
espaço que envolve cada animal é representativo do seu habitat, recriado
através de pintura de paredes e da colocação de elementos naturais,
possibilitando aos visitantes uma melhor compreensão das especificidades e dos
habitats de cada raça portuguesa.
O Centro
Interpretativo do Porco e do Fumeiro é outro espaço privilegiado de
demonstração e preservação de conhecimento, práticas, objetos e atividades
relacionadas com esta temática.
Nesse sentido o Centro
foi dotado e equipado com os conteúdos e ferramentas necessárias para garantir
a transmissão de conhecimento, a divulgação e a comunicação.
Após realizar uma
exaustiva investigação e inventariação dos assuntos mais relevantes para
compreender a importância do porco e do fumeiro, ao longo dos tempos e na
atualidade, foram criadas e instaladas ferramentas diversas, atrativas e
funcionais, de fácil manuseamento, que permitem uma abordagem simples, moderna,
fácil e interativa.
Este Centro é um
espaço de excelência para a aprendizagem mas também para o lazer e diversão.
“É um equipamento que dignifica a história deste concelho e assegura a sua transmissão para o futuro”, salienta a autarquia no seu site.
Parque Biológico de VinhaisUm outro ponto de atração é o
Parque Biológico de Vinhais (PBV), instalado pela Câmara Municipal no Viveiro
Florestal de Prada, local incluído no Perímetro Florestal da Serra da Coroa, a 3
km do centro de Vinhais e em pleno Parque Natural de Montesinho.
A vegetação da área envolvente é dominada pelos bosques de
carvalhais (Quercus
pyrenaica), presentes em grande parte do território. No
entanto, as margens das linhas de água e o fundo dos vales são ocupados por
amiais ripícolas, salgueirais arbóreos de amieiro (Alnus glutinosa), salgueiro-negro (Salix atrocinerea), Calamagrostis arundinacea, Carex elata
subsp. reuterian, Galium broterianum, sanguinho-de-água (Frangula alnus), Oenanthe crocata,
feto-real (Osmunda regalis), Scrophularia scorodonia e Stachys
sylvatica. Nas encostas os urzais, urzais-tojais e tojais, bem como
os giestais em solos mais profundos cobrem a paisagem não agricultada.
O caráter muito particular e complexo da geologia da área de implantação do Parque (maciço ultrabásico Bragança-Vinhais) determina também uma flora e vegetação muito características, onde aparecem alguns endemismos, limitados na maior parte dos casos a pequenas zonas ultrabásicas, como sejam a cravina (Dianthus laricifolius subsp. marizii), a arméria (Arenaria querioides subsp. fontiqueri), a Jasione crispa subsp. serpentinica e as herbáceas Festuca brigantina e Avenula lusitanica.
Castelo de Vinhais
O Castelo de Vinhais é outra construção resultante dos objetivos de centralização do território transmontano em "vilas novas", diretamente sob controlo do rei e mais aptas a desempenhar as funções de atração e de organização das comunidades. A primeira tentativa para constituir esse pólo urbano aconteceu no reinado de D. Sancho II, mas só no de D. Afonso III se constituiu a vila, "num cabeço fronteiro a Crespos", onde existia um primitivo núcleo de povoamento centralizado em torno da igreja de São Facundo. Mas D. Afonso III já havia concedido em 1253 carta de foral à localidade.
De instituição tardia, a própria construção da vila, com seu castelo e igreja matriz, terá sido bastante demorada, não se referindo o seu templo paroquial no Catálogo de 1320-21. No reinado de D. Dinis, o sistema militar de Vinhais estava plenamente ativo, datando dessa época uma cerca com cinco ou seis torres, cuja porta principal era flanqueada por duas delas. Trata-se de uma composição harmónica e simétrica, característica da arquitetura das vilas urbanas dionisinas.
Este castelo desempenhou um importante papel no século XIV, na conturbada conjuntura do reinado de D. Fernando e da revolução que se lhe seguiu. Entre 1369 e 1371 foi ocupado por tropas castelhanas e, um ano depois, o seu alcaide tomou o partido espanhol.O estatuto periférico da fortaleza, reforçado pela extrema proximidade do reino de Castela, com o qual dispunha de fáceis vias de acesso, terá acentuado a maior ligação dos senhores do castelo aos invasores, facto que se repetiu em 1397, quando o alcaide João Afonso Pimentel se revoltou contra D. João I e abraçou a causa castelhana, só voltando à posse nacional em 1403.
Nos finais da Idade Média, o castelo foi objeto de várias reformas, havendo notícia de trabalhos realizados no reinado de D. Afonso V, quando o comando da fortaleza se encontrava estabilizado na linhagem dos condes de Atouguia.
O desenho da autoria de Duarte d'Armas é a mais antiga representação do conjunto e tão importantes quanto este desenho são as informações constantes na obra do autor, em particular as que se reportam ao mau estado da fortaleza: a face interna da torre de menagem, voltada para a vila, estava já destruída e duas das restantes torres mostravam desgaste das fundações.
Ao longo da época moderna foram edificados uma barbacã e vários torreões complementares, estes últimos datados do século XVI. Contudo, este é efetivamente o período da destruição do sistema defensivo, em benefício do avanço de construções privadas, que rapidamente se adossaram aos velhos muros.
GastronomiaVinhais apresenta uma gastronomia rica e variada, baseando-se nos produtos genuínos e naturais.
BI – Vinhais
População: 9066 habitantes
Área: 695 km2
Presidente: Luís Fernandes
Freguesias: 26
Contactos:
Email: geral@cm-vinhais.pt
Site: www.cm-vinhais.pt
Telefone: 273770300
Fontes:
- Câmara de Vinhais
- Rota da Terra Fria Transmontana
- Crédito das Fotos: Câmara de Vinhais
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